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"É uma verdade incrível como a existência da maior parte dos homens é insignificante e destituída de interesse, vista de fora e como é surda e obscura sentida de dentro."
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"Os homens assemelham-se a relógios a que se dá corda e trabalham sem saber a razão. E sempre que um homem vem a este mundo, o relógio da vida recebe corda novamente para repetir, mais uma vez, o velho e gasto estribilho da eterna caixa de música, frase por frase, com variações imperceptíveis."
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"Toda alegria é um erro, uma ilusão, já que nenhum desejo realizado pode nos satisfazer por tempo duradouro e, ainda, porque toda posse e alegria só podem ser concedidas pelo acaso, por tempo indeterminado, conseguintemente podem ser retiradas na hora seguinte. Todo sofrimento baseia-se no desaparecimento dessa ilusão. Alegria e dor nascem, portanto, de um erro. O sábio, no entanto, sempre permanece distante da alegria e da dor, e nenhum acontecimento o perturba."--A chamada "felicidade" é concebida erroneamente pela grande maioria das pessoas, que a veem como uma vida cheia de alegrias, quando na verdade, ela é uma vida equilibrada, não com o equilíbrio entre a quantidade de alegria e a quantidade de dor, mas com a ausência de ambos.
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"Falta muito para que a razão corretamente empregada possa livrar-nos de todo fardo e sofrimento da vida e conduzir-nos à bem-aventurança. O que encontramos ainda é uma completa contradição em se querer viver sem sofrer." (...)
"O estoicismo inclui em seu preceito para uma vida feliz uma recomendação de suicídio, sendo esta a única corrente de pensamentos que o faz, já que todas as outras pregam a virtude mesmo perante o maior dos sofrimentos, e não querem que , para escapar dele. o ser humano atente contra a vida; contudo, nenhuma delas conseguiu expressar o fundamento verdadeiro da rejeição do suicídio, mas apenas colecionam de maneira laboriosa fundamentos ilusórios de todo tipo."(...)
"Assim como entre os déspotas orientais também encontramos entre seus valiosos ornamentos e objetos um precioso frasco de veneno, para o caso de os sofrimentos do corpo, impossíveis de ser filosoficamente eliminados, serem tão intensos e incuráveis que o seu fim único, a bem-aventurança, é obstado e nada resta para escapar ao sofrimento senão a morte, que, como qualquer outro medicamento pode ser tomado com indiferença."

Schopenhauer 1788-1860
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