quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vida e mente de uma calculadora

Imagino uma formiga.
Como é a mente da formiga?
Ela procura comida por aí e quando acha, pega e leva pra casa para depois voltar e procurar mais. Se ela tem uma mente, lá dentro só há espaço para procurar a comida e quando achá-la levar embora. Seu cérebro recebe e informação "comida boa" e dá a ordem "levar embora".
Como é a mente da calculadora de bolso?
Ela espera que alguém lhe dê numeros e ordens e quando ou recebe, ela pega faz os calculos e devolve o resultado. Como negar que a calculadora tem uma mente tão boa quanto à da formiga e que tem a sua própria vida?
A calculadora não vê nosso mundo, e a sua mente existe numa certa dimensão.
Nesta dimensão os números aparecem continuamente junto com ordens superiores, e a calculadora executa essas ordens e devolve os resultados, nunca se questionando de onde vem tudo isso.
E não caberia em sua mente tamanha complexidade e estranheza que encontraria em nossa dimensão. Seus sentidos nem sequer poderiam receber as informações para formar a ideia do que é nosso mundo de tão simples e restritos que são.

É simples a vida e a mente da calculadora. Ela vive sem livre arbítrio, sem ilusões, sem sentimentos e com grande certeza de seus deveres. Seus deuses a fizeram bem.

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