segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Meio

Meu rosto queima em contato com o chão escaldante.
Cheiro de carne queimada.
Não importa mais: o calor destruiu meus nervos.
Meu sangue escorrendo penetra no solo mostrando-me o caminho.
"Tome. Pegue tudo de volta. Sempre foi seu e sempre será."
Minha carne se espalha e frita no chão seco. Meu espírito morre junto com meu sofrimento.
Não há mais nada do que duvidar. Nada mais a temer.

3 comentários:

  1. Irônico como no fim do texto a experiência de tortura torna-se acolhedora. haha

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  2. Li seu texto e acabei distraindo-me de meu intento. Vim até aqui retribuir os comentários que fez em meu texto. Fico muito grata. E que bela surpresa foi lê-lo falando de Samsara! :)

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