Não quero caixão e não escrevam nada em minha lápide pois não ficarei lá por muito tempo.
Que que ninguém nunca se lembre que eu um dia vivi.
Finalmente encontrarei meus semelhantes e serei um só com os vermes.
Minha carne morta perpetuará a vida entre meus irmãos assim como a sua.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Eu não sou quem penso
Quando nasci, eu não tinha qualquer consciência de meu corpo, ou do mundo. Meus olhos estavam fechados, e eu era puro. Uma alma inocente num corpo que acaba de chegar ao mundo.
À medida que o tempo passa, vou tomando consciência das coisas ao redor e de meu próprio corpo. Meus olhos abrem e meu cérebro começa a construir uma ideia do mundo. Ele está construindo um muro ao redor de minha alma pura. Este muro é chamado de ego, e ao longo de minha vida, ele esconde minha alma por completo.
E a construção continua quando começo a entender os sentimentos da mamãe e do papai. Eles ficam felizes quando faço certas coisas e triste quando faço outras coisas, então meu ego pega estas informações e se adapta a elas. É como se ele fosse um espelho que fizesse dentro do meu cérebro uma imagem abstrata do que vejo.
Esta construção continua por toda minha vida. Quando entro na sociedade, meu ego começa a se adaptar refletindo as ideias que as pessoas demonstram sobre mim. Se as ideias são ruins, meu ego fica abalado e me causa sofrimento, por não conseguir adaptar-se. O objetivo instintivo principal é o de se adaptar à sociedade.
Então o ego é a causa de todo meu sofrimento e angústia. Se olharmos fundo em nossos sentimentos vamos perceber que este ego é a causa de todas as nossas alegrias e tristezas, enquanto nosso verdadeiro "eu", nossa alma pura, continua lá dentro escondida enterrando-se cada vez mais no ego.
Então, crucifique o ego. Encontre sua alma, o seu início. Encontre você mesmo. Isso que pensamos ser, e´uma ilusão.
Mas cuidado, pois destruir o ego de uma vez, nos leva ao pânico, pois é como morrer. Mas se seguimos no caminho, atravessando o medo, encontraremos nossa alma.
No fim das contas, todas as religiões ensinam a mesma lição, mas cada uma com uma metáfora mais exagerada que a outra.
(Inspirado num trecho extraído do livro "Além das Fronteiras da Mente" e inspirado em experiência e reflexão pessoais)
À medida que o tempo passa, vou tomando consciência das coisas ao redor e de meu próprio corpo. Meus olhos abrem e meu cérebro começa a construir uma ideia do mundo. Ele está construindo um muro ao redor de minha alma pura. Este muro é chamado de ego, e ao longo de minha vida, ele esconde minha alma por completo.
E a construção continua quando começo a entender os sentimentos da mamãe e do papai. Eles ficam felizes quando faço certas coisas e triste quando faço outras coisas, então meu ego pega estas informações e se adapta a elas. É como se ele fosse um espelho que fizesse dentro do meu cérebro uma imagem abstrata do que vejo.

Esta construção continua por toda minha vida. Quando entro na sociedade, meu ego começa a se adaptar refletindo as ideias que as pessoas demonstram sobre mim. Se as ideias são ruins, meu ego fica abalado e me causa sofrimento, por não conseguir adaptar-se. O objetivo instintivo principal é o de se adaptar à sociedade.
Então o ego é a causa de todo meu sofrimento e angústia. Se olharmos fundo em nossos sentimentos vamos perceber que este ego é a causa de todas as nossas alegrias e tristezas, enquanto nosso verdadeiro "eu", nossa alma pura, continua lá dentro escondida enterrando-se cada vez mais no ego.
Então, crucifique o ego. Encontre sua alma, o seu início. Encontre você mesmo. Isso que pensamos ser, e´uma ilusão.
Mas cuidado, pois destruir o ego de uma vez, nos leva ao pânico, pois é como morrer. Mas se seguimos no caminho, atravessando o medo, encontraremos nossa alma.
No fim das contas, todas as religiões ensinam a mesma lição, mas cada uma com uma metáfora mais exagerada que a outra.
(Inspirado num trecho extraído do livro "Além das Fronteiras da Mente" e inspirado em experiência e reflexão pessoais)
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domingo, 25 de outubro de 2009
Versos Surreais

Tenho medo de ser opositor das desgraças
de maneira a perceber o dilúvio sensorial que vem das massas.
Minha cabeça sopra verdades diante de minha percepão autista. E à media que estranhas serpentes dançam sob a luz da lua, minhas cores são abaladas pela grande verdade distante em meus pensamentos.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Abdicação
A lacrimologia é uma filosofia que ensina que é possível alcançar estados mais elevados de espírito atravez da dor física e mental.
Destruindo o apego que temos com nosso corpo, estamos destruíndo nosso maior elo de ligação com este mundo pois grande parte do medo da morte, é o medo da perda ou da destruição do corpo.

Mas o corpo é matéria, e não importa o quanto gritamos e esperneamos, um dia ele acaba e raramente se está preparado.
Ora, a mente também é mortal, e a outra parte do medo da morte, é o medo de perder a mente, ou seja, deixar de existir.
Livrando-se do apego a nossa mente, estamos livrando-nos de grande parte do medo da morte também.
(As fotos ao lado mostram Thich Quang Duc, um monge budista vietnamita que se queimou até a morte numa rua junho de 1963 em protesto contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Ele se livrou do apego ao corpo e mente e só assim pode destruir a si próprio sem sofrimento.)

Para livrar-nos do medo e do sofrimento, basta que nos livremos de nós mesmos e aceitemos nossa natureza mortal e que não importa o quanto achamos injusto, a única coisa certa é que vamos todos morrer.
Então é melhor se preparar.
Aqui vai um vídeo da banda Tool.
Esta música, assim como várias outras da banda, trata da lacrimologia.
"Este corpo me segurando lembra-me de minha própria mortalidade.
Acolha este momento e lembre-se:
Somos eternos. Toda essa dor é ilusão."
Destruindo o apego que temos com nosso corpo, estamos destruíndo nosso maior elo de ligação com este mundo pois grande parte do medo da morte, é o medo da perda ou da destruição do corpo.

Mas o corpo é matéria, e não importa o quanto gritamos e esperneamos, um dia ele acaba e raramente se está preparado.
Ora, a mente também é mortal, e a outra parte do medo da morte, é o medo de perder a mente, ou seja, deixar de existir.
Livrando-se do apego a nossa mente, estamos livrando-nos de grande parte do medo da morte também.
(As fotos ao lado mostram Thich Quang Duc, um monge budista vietnamita que se queimou até a morte numa rua junho de 1963 em protesto contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Ele se livrou do apego ao corpo e mente e só assim pode destruir a si próprio sem sofrimento.)

Para livrar-nos do medo e do sofrimento, basta que nos livremos de nós mesmos e aceitemos nossa natureza mortal e que não importa o quanto achamos injusto, a única coisa certa é que vamos todos morrer.
Então é melhor se preparar.
Aqui vai um vídeo da banda Tool.
Esta música, assim como várias outras da banda, trata da lacrimologia.
"Este corpo me segurando lembra-me de minha própria mortalidade.
Acolha este momento e lembre-se:
Somos eternos. Toda essa dor é ilusão."
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sábado, 17 de outubro de 2009

O universo é totalmente impessoal, e nada nunca foi e nunca va ser do jeito que queremos.
Talvez, a única coisa que possamos controlar seja nossa própria mente.
Portanto, a unica maneira de escapar da constante insatisfação inerente à própria vida, é deixando nossas vontades de lado.
Livrando-se do desejo, livramo-nos da insatisfação e do sofrimento.
Devemos parar de nos matar tentando mudar o mundo. Basta que mudemos a nós mesmos, e o mundo mudará em consequencia.
Não só dos desejos, mas devemos nos livrar de tudo que temos, seja material ou não. Inclusive nós mesmos.
"O homem que não tem nada é invencível."
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Já se perguntou "Quem sou eu?" com tanta força que encoutrou a si mesmo e descobriu que não existe? Eu já.
Foi difícil voltar.
Eu devia ter morrido lá, livre de mim mesmo.
Seria muito mais fácil.
Mas o eu não suporta o não-eu. O eu não suporta a morte e, mesmo que não faça diferença, eu faria de tudo para permanecer vivo, embora saiba que a morte seja mais natural.
"Esse corpo me segurando lembra-me de minha própria mortalidade.
Acolha este momento e lembre-se:
Somos todos eternos, toda essa dor é uma ilusão."
Viver não passa de evitar a morte a cada dia até que seja inevitável.
Foi difícil voltar.
Eu devia ter morrido lá, livre de mim mesmo.
Seria muito mais fácil.
Mas o eu não suporta o não-eu. O eu não suporta a morte e, mesmo que não faça diferença, eu faria de tudo para permanecer vivo, embora saiba que a morte seja mais natural.

Acolha este momento e lembre-se:
Somos todos eternos, toda essa dor é uma ilusão."
Viver não passa de evitar a morte a cada dia até que seja inevitável.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
!

_O que eu vou fazer lá Papai?
_Você vai acordar, se limpar, se entupir de comida várias vezes, tomar seus remédios, trabalhar feito condenado para comprar porcaria, aturar as outras pessoas que trabalham feito condenadas para comprar suas porcarias, tomar cuidado com os carros, cuidar do corpo e dormir.
_Para que vou fazer tudo isso Papai?
_Para ficar vivo, meu filho.
_E para que vou ficar vivo?
_Para fazer tudo de novo no dia seguinte.
_E assim eu vou viver pra sempre?
_Não meu filho, um dia você vai morrer.
_Então porque eu tenho que fazer tudo isso para sobreviver cada dia, se um dia eu vou morrer? Eu não posso ficar aqui com o senhor? Isso tudo não é ilusão papai?
_Cala a boca, muleque. Agora vai, que eu estou ocupado com outras coisas, não tenho tempo para isso.
E toma cuidado com o que você faz lá que eu tô vendo tudo, hein? Se fizer uma coisinha que me desagrade, você tá fudido, ouviu bem? FUDIDO!
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
SMA ou possessão demoníaca?
Desde que nasci sofro de diversos tipos de transtornos psiquiátricos variando de ansiedade a síndrome do pânico, fobia social e insônia. Algumas vezes à noite ao me deitar para dormir me atacava uma ansiedade terrível e a vontade era de sair correndo nas ruas rasgando a roupa, quebrando coisas, gritando e tentando quebrar a cabeça nas paredes, e isso era nas noites calmas quando o pânico não atacava. Nesse caso a vontade (e o medo) era de pular da janela. Porém a fobia social me mantinha quieto na cama até que um ataque de nervos me fizesse pegar no sono.
Mas isso é passado. Embora os ataques não tenham sumido por completo,
atualmente esta situação está sendo controlada.
Bom, no entanto, aparentemente de uns meses pra cá um novo transtorno parece estar se instalar em mim, e se chama Síndrome da Mão Alienígena, e é um distúrbio neurológico raro em que a mão age por vontade própria.
(é sério, isso existe e há vários casos comprovaodos so redor do mundo. Neste Link tem mais detalhes sobre o assunto.)
Parece que esse distúrbio ocorre quando há uma lesão numa região do cérebro chamada corpus collosum, que é responsável pela movimentação dos membros. Isto está me atacando.
A ansiedade que antes me atacava durante a noite voltou a atacar, mas ela agora estranhamente se concentra na mão esquerda, e vem a vontade de dar socos nas pareces ou enfiar a mão no liquidificador.
Ainda estou no estado inicial, já que ainda não houve movimentos involuntários consideráveis que eu saiba (se alguém me visse à noite tentando dormir e sacudindo a mão euforicamente e batendo na parede seria constrangedor).
O que me assusta mais ainda são relatos de exorcismos, nos quais o demônio, para se refugiar, esconde-se no braço esquerdo da vítima. Este não é um pensamento muito agradável quando se acorda de madrugada com a sua mão prestes a tentar te estrangular ou arrancar seus olhos.
Não sei quanto tempo tenho até que a minha mão tente me matar e também não sei se terei a coragem necessária para decepá-la quando for necessário, mas é certo que a hora está chegando.
Mas isso é passado. Embora os ataques não tenham sumido por completo,

Bom, no entanto, aparentemente de uns meses pra cá um novo transtorno parece estar se instalar em mim, e se chama Síndrome da Mão Alienígena, e é um distúrbio neurológico raro em que a mão age por vontade própria.
(é sério, isso existe e há vários casos comprovaodos so redor do mundo. Neste Link tem mais detalhes sobre o assunto.)
Parece que esse distúrbio ocorre quando há uma lesão numa região do cérebro chamada corpus collosum, que é responsável pela movimentação dos membros. Isto está me atacando.
A ansiedade que antes me atacava durante a noite voltou a atacar, mas ela agora estranhamente se concentra na mão esquerda, e vem a vontade de dar socos nas pareces ou enfiar a mão no liquidificador.
Ainda estou no estado inicial, já que ainda não houve movimentos involuntários consideráveis que eu saiba (se alguém me visse à noite tentando dormir e sacudindo a mão euforicamente e batendo na parede seria constrangedor).
O que me assusta mais ainda são relatos de exorcismos, nos quais o demônio, para se refugiar, esconde-se no braço esquerdo da vítima. Este não é um pensamento muito agradável quando se acorda de madrugada com a sua mão prestes a tentar te estrangular ou arrancar seus olhos.
Não sei quanto tempo tenho até que a minha mão tente me matar e também não sei se terei a coragem necessária para decepá-la quando for necessário, mas é certo que a hora está chegando.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Irmão, irmão. Espere.
Quando fico só,
Quando não tenho ninguém para assustar...
eu fico apavorado.
Os corvos poderiam...
Quando fico só,
Quando não tenho ninguém para assustar...
eu fico apavorado.
Os corvos poderiam...
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Vida e mente de uma calculadora
Imagino uma formiga.
Como é a mente da formiga?
Ela procura comida por aí e quando acha, pega e leva pra casa para depois voltar e procurar mais. Se ela tem uma mente, lá dentro só há espaço para procurar a comida e quando achá-la levar embora. Seu cérebro recebe e informação "comida boa" e dá a ordem "levar embora".
Como é a mente da calculadora de bolso?
Ela espera que alguém lhe dê numeros e ordens e quando ou recebe, ela pega faz os calculos e devolve o resultado. Como negar que a calculadora tem uma mente tão boa quanto à da formiga e que tem a sua própria vida?
A calculadora não vê nosso mundo, e a sua mente existe numa certa dimensão.
Nesta dimensão os números aparecem continuamente junto com ordens superiores, e a calculadora executa essas ordens e devolve os resultados, nunca se questionando de onde vem tudo isso.
E não caberia em sua mente tamanha complexidade e estranheza que encontraria em nossa dimensão. Seus sentidos nem sequer poderiam receber as informações para formar a ideia do que é nosso mundo de tão simples e restritos que são.
É simples a vida e a mente da calculadora. Ela vive sem livre arbítrio, sem ilusões, sem sentimentos e com grande certeza de seus deveres. Seus deuses a fizeram bem.
Como é a mente da formiga?
Ela procura comida por aí e quando acha, pega e leva pra casa para depois voltar e procurar mais. Se ela tem uma mente, lá dentro só há espaço para procurar a comida e quando achá-la levar embora. Seu cérebro recebe e informação "comida boa" e dá a ordem "levar embora".
Como é a mente da calculadora de bolso?
Ela espera que alguém lhe dê numeros e ordens e quando ou recebe, ela pega faz os calculos e devolve o resultado. Como negar que a calculadora tem uma mente tão boa quanto à da formiga e que tem a sua própria vida?
A calculadora não vê nosso mundo, e a sua mente existe numa certa dimensão.
Nesta dimensão os números aparecem continuamente junto com ordens superiores, e a calculadora executa essas ordens e devolve os resultados, nunca se questionando de onde vem tudo isso.
E não caberia em sua mente tamanha complexidade e estranheza que encontraria em nossa dimensão. Seus sentidos nem sequer poderiam receber as informações para formar a ideia do que é nosso mundo de tão simples e restritos que são.
É simples a vida e a mente da calculadora. Ela vive sem livre arbítrio, sem ilusões, sem sentimentos e com grande certeza de seus deveres. Seus deuses a fizeram bem.
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