sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As Luzes. Oh as Luzes!

Nada se compara à abundância de nossos dias sobre a luz da imensa criadora de nosso ser.
Ao menos por esta passagem instável que temos.
Subtamente nos vemos caindo no precipício de luz e escuridão que é o fim de nossa matéria e início de algo. Talvez sim, talvez não.
Podemos fazer nada. Temos nada em nossas mãos. Somos ratos correndo em círculos numa roda até que esta se enferruje e quebre. Então não podemos nada. Não temos nada e não somos nada.
Os verdes tornam-se escuros propósitos de caminhos misteriosos e coesões duvidosas. Não temos nada.
Borbulhantes são os caldeirões subterrâneos que existem sempre e sempre existem.
Nem nos damos conta.
São os senhores e não têm vida. Nós somos seus pensamentos, e lhe damos existência.
Oh preciosa Existência!
Podemos ver por onde quisermos, mas não queremos ver por onde devemos. Somos ratos correndo numa roda.
Ratos correndo numa roda.
Luzes passam sobre nossas cabeças, e os ventos escuros as levam para longe. Os ventos que sopramos com nossos pulmões poluídos e nossos estômagos cheios.
E nos enchemos até explodir. O vento leva as luzes embora para sempre. Para sempre.
E caímos na terra, e nos tornamos vermes no escuro.
As luzes foram embora para nunca mais voltar.

5 comentários:

  1. Foi o caso de acender uma vela, só para ter certeza de que ainda funcionava.

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  2. Seu blog não é idiota, ridículo ou pretencioso/dik.

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  3. Muito bom!!Adorei seu blog!Rstou a te seguir!

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  4. "Somos ratos correndo em círculos numa roda até que esta se enferruje e quebre." Muito, muito bom! HAHA!

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